A osteopatia foi criada nos Estados Unidos pelo médico americano Andrew Taylor Still. Still tornou-se médico muito jovem. Tornou-se cirurgião e trabalhou na guerra de Secessão. É nesse período que ele se questiona sobre a sua impotência para aliviar os feridos de guerra. Após a guerra resolveu estudar profundamente Anatomia e Fisiologia para entender melhor o funcionamento do corpo humano.
Em 1864, uma epidemia de Meningite matou vários de seus pacientes e três dos seus filhos. Em 22 de Julho de 1864 curou uma criança que estava com disenteria. Ele observou que a região lombar estava quente e o abdómen estava frio e que o pescoço e a parte de trás da cabeça estavam quentes e o rosto, testa e nariz, frios. Compreendeu que havia contraturas na coluna e que estavam relacionadas com o mau funcionamento dos intestinos. Tratou a coluna da criança e no dia seguinte a mãe anunciou-lhe que o seu filho estava curado. Esta era a primeira vez que colocava em prática suas observações.
Daí surgiu a osteopatia e em 1892, Still funda a "The American School of Osteopaty" em Kirksville, escola que existe até hoje.
Still recompilou técnicas manipulativas procedentes das mais distintas culturas, armonizando e estudando à luz da fisiología articular, anatomía y fisiopatología modernas.
Still determinou quatro princípios fundamentais da Osteopatia:
. A Estrutura Determina a Função - Toda a estrutura (ossos, pele, fáscias, glândulas, vísceras, músculos, articulações, etc) é indivisível, funciona como um todo. A função é o funcionamento da estrutura, ou seja, todos os tecidos corporais. A Patologia não pode instalar-se se o todo estiver harmónico. Então a desarmonia da estrutura facilita a patologia.
. A Unidade do Corpo - O corpo busca o equilíbrio em todos os momentos e como um todo, não em segmentos, como muitas vezes o tentam dividir.
. A Auto-Cura - O corpo é capaz de se auto-curar. O corpo tem em sí todos os meios necessários para evitar ou eliminar doenças, porém tem que estar em harmonia para funcionar corretamente. A Osteopatia coloca os tecidos em harmonia para que o próprio organismo possa se auto-curar.
. A Regra da Artéria é absoluta - O sangue é o meio de transporte de todos os elementos de nosso corpo, assegurando uma imunidade natural. Sua perturbação afetará a função em determinadas regiões do corpo, como consequência o retorno venoso será mais lento, provocando acúmulo de toxinas e debilidade desta região.
Irwin e Korr demonstraram que os reflexos viscerais, somato-viscerales y viscero-somáticos são demonstráveis experimentalmente e permite compreender que a lesão osteopática predispõe o paciente a doenças e perturba o equilíbrio fisiológico.
O sistema músculo-esquelético do corpo humano não flutua no vazio. As suas estruturas e seu funcionamento integram-se com outros sistemas corporais, que interatuam e se modificam mutuamente. A sua relação inicia-se na etapa embrionária e continua ao longo da vida. A Divisão em sistemas individuais que aplicamos a um organismo vivo ao estudar o seu comportamento e desenvolvimento, deve-se fundamentalmente à percepção sequencial da natureza do Homem.
O termo Osteopatia, etimologicamente tem origem no Grego Osteon (osso) e Phatos (efeitos vindo do interior). A Osteopatia é então um termo correto que significa a influência da doença, suas causas e seus tratamentos manuais, e, não como se pensa, uma patologia do osso.
A Osteopatia está baseada na anatomia, na fisiologia, biomecânica e semiologia, não deve ser considerada esotérica e sim cartesiana, não há receitas, mas sim um tratamento que se baseia no exame clínico e na história clínica do paciente.
A validade da Osteopatia é tão concreta que é recomendada e incentivada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como prática de saúde.
A Osteopatia é uma disciplina que nos últimos anos está começando a difundir-se cada vez mais devido principalmente aos bons resultados obtidos em numerosos problemas de saúde. É uma forma de tratamento manual muito pouco agressiva e amplamente efetiva.
A Osteopatia é uma disciplina terapêutica manual, que põe especial ênfase à estrutura do corpo, tratando principalmente tecidos moles e correções articulares. Na maioria dos casos, o diagnóstico osteopático consiste na avaliação do grau de liberdade de movimento existente em determinadas articulações, em relação ao problema ou dores do doente tendo sempre em consideração as alterações posturais do mesmo.
Num problema de ombro, por exemplo, não só terão que ser valorizados os graus de movimento que este apresenta e os músculos que estão implicados, mas também a origem das raízes nervosas responsáveis pelo movimento deste, aponeuroses, tendões, ligamentos e cápsula articular, como também teremos de avaliar se por exemplo o estômago (pelas suas relações anatómicas à distância) está repercutindo algum sintoma neste complexo articular.
A Lesão Osteopática é uma restrição de movimento numa articulação dentro dos limites fisiológicos de movimento dessa articulação, como tal não é uma luxação, mas sim uma subluxação, que irrita os tecidos periarticulares e gera um fenómeno de arco medular.
O Osteopata utiliza as técnicas manuais específicas adequadas a cada tipo de tecido, a cada tipo de problema, a cada tipo de paciente bem como à idade dos mesmos.
A osteopatia é formada por várias especialidades indissociáveis:
1. Osteopatia Estrutural
É a especialidade da osteopatia que trata as alterações musculo-esqueléticas, ou também chamados desajustes mecânicos das articulações. A perda de mobilidade de uma ou várias articulações provocam desequilíbrios no organismo, podendo causar dor e diferentes patologias.
2. Osteopatia Visceral
Através da osteopatia visceral, podemos ver a relação existente entre qualquer lesão estrutural e como afecta esta o sistema visceral ou vice-versa. Os órgãos realizam variadas e complexas funções, mas para isto é indispensável que um bom funcionamento se veja acompanhado de uma boa mobilidade entre eles, cada um respeitando o seu espaço sem invadir o da sua víscera vizinha.
Um problema visceral pode ser responsável de uma dor lombar?
Podem existir dores lombares onde todos os exames radiológicos são negativas (tudo normal), uma coluna totalmente sã, no entanto as dores persistem desde há já muito tempo, inclusive anos. Após avaliação osteopática detecta-se uma disfunção visceral por diminuição de mobilidade intestinal ou ginecológica, por exemplo. Qualquer um destes órgãos quando perde parte da sua mobilidade natural, pelas relações anatómicas existentes com as estruturas adjacentes, provocará também alterações de mobilidade dessas mesmas estruturas. Enquanto não restituirmos a posição e a mobilidade normal desse órgão, qualquer tratamento que façamos será inútil.
Um problema nas cervicais pode ser produzido por uma disfunção visceral?
É comum tratar-se pacientes com problemas de cervical ou torcicolos frequentes, que foram tratados várias vezes mas mesmo assim o seu problema volta a surgir com alguma frequência. Em muitas destas situações estes problemas devem-se a disfunções viscerais.
Por exemplo: um paciente com hérnia do hiato ou úlcera gástrica, é um doente que apresenta habitualmente alterações de mobilidade do estômago, essas alterações provocarão uma tensão anómala do músculo diafragma, consequentemente poderá criar uma irritação do nervo frénico. Das vértebras cervicais C3, C4 e C5 sai o nervo frénico que dá enervação ao diafragma, logo se este músculo se vê afetado produzirá um bloqueio destas vértebras mediante uma metâmera criando dor nesta região cervical. Por outro lado a contração deste músculo cria uma tensão miofascial que traciona inferiormente a cúpula pleural e esta produz uma tensão dos músculos escalenos que se inserem diretamente nas vértebras cervicais, criando uma tensão anómala nesta região. Conseguiremos solucionar unicamente o problema definitivamente, corrigindo o problema desde a sua origem.
Que problemas pode ocasionar se não se trata?
Uma disfunção visceral não tratada produz, pouco a pouco, um bloqueio vertebral que por outro lado mantém a lesão visceral mediante um arco reflexo ou vice-versa. De tal forma que pode ser a responsável de manter uma lesão na coluna vertebral até que a lesão visceral seja corrigida.
Na Osteopatia são muito conhecidas as lombalgias e cervicalgias de origem visceral. Na medicina tradicional este campo é desconhecido ou ignorado, sendo estes pacientes diagnosticados frequentemente de patologia de origem desconhecida.
Depois de uma cirurgia, (essencialmente abdominal) este tipo de terapia está indicada como terapia complementar, pelo risco de aderência da própria cicatriz e respectivas consequências que daí advém.
3) Osteopatia Craniana
A osteopatia craniana surgiu nos anos 30, graças ao osteopata norte-americano William Garner Sutherland, que constatou a mobilidade dos ossos do crânio à nascença e ao longo da vida. Após experiências em si próprio, Sutherland concluiu que a manipulação delicada no crânio restaura a circulação normal nessa área, uma teoria que mais tarde viria a ser comprovada por pesquisas científicas. A osteopatia craniana, embora mais frequentemente usada em crianças, pode beneficiar pessoas de todas as idades.
Os ossos do crânio nunca se soldam completamente e estão "animados" por pequenos movimentos quase imperceptíveis. Depois de ter realizado um diagnóstico das diferentes anomalias, trabalha sobre as suturas cranianas exercendo ligeiras pressões sobre a abóbada craniana ou simplesmente seguindo as tensões para fazer ceder bloqueios. O alvo desta terapia é a melhoria da circulação do líquido céfalo-raquidiano, que se encontra nas meninges e que protege todo o sistema nervoso central no cérebro, restabelecendo o movimento respiratório primário.
A Osteopatia Craniana tem sido usada com sucesso na ajuda de problemas tais como melhoria de todo o funcionamento do sistema nervoso central, eliminação de efeitos negativos de stress, depressão, fadiga crónica, alterações do nível de atenção, sinusite, tonturas, zumbidos, enxaquecas, cefaleias, dores de cabeça, torcicolos de repetição, problemas viscerais, disfunção da articulação temporo-mandibular, problemas de olhos, hiperactividade, etc.
As diferentes especialidades da Osteopatia, quer seja estrutural, visceral ou craniana, permitem-nos, após um diagnóstico preciso, ter um amplo leque de possibilidades na hora de executar um tratamento distinto e personalizado a cada paciente. Por estas razões, os resultados obtidos nas consultas são muito favoráveis e em pouco tempo o paciente pode continuar a sua vida normal.
Tratar apenas uma destas partes sem ter em conta as outras partes, não tem sentido e significa tratar de forma incorreta, deixando muitos pontos por resolver. Deve tratar-se todo o conjunto de uma forma global, obtendo-se assim os melhores resultados.
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